PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE: Saiba como foi o evento DE UMA DÉCADA do projeto

Ocorreu na última terça-feira (17), o evento comemorativo de dez anos do “Programa de Residência de Vigilância em Saúde”, iniciativa que viabiliza a qualificação profissional no setor. Promovido pela Escola de Saúde Pública (ESP) do Rio Grande do Sul, o encontro reuniu diversos profissionais da área, incluindo egressos, residentes e preceptores do programa. Através de painéis de conversa, os convidados puderam compartilhar as experiências e os benefícios que a iniciativa proporciona.
A proposta surgiu a partir da necessidade de um aprendizado mais específico em vigilância, assunto que geralmente não é tão abordado dentro dos cursos de graduação. O projeto se tornou o primeiro no Brasil com uma estrutura integradora entre vigilâncias estaduais e municipais, envolvendo as quatro grandes áreas da Vigilância em Saúde: ambiental, sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador.
“A ideia era oferecer o terceiro ano opcional de residência para egressos”, disse Nilson Maestri, tutor de campo e um dos idealizadores do programa. Com o apoio de integrantes da ESP, Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e da Vigilância Municipal De Porto Alegre, o projeto foi lançado abraçando também cursos que não necessariamente tinham conexão com a área da saúde, como Engenharias, Arquitetura, Geografia, etc. Desde 2018, a iniciativa também conta com o apoio da Coordenação de Vigilância em Saúde da cidade de Sapucaia do Sul.
Por meio dos mais variados tipos de conhecimento dentro dos territórios de atuação, o programa é capaz de sugerir soluções para cada região e aplicar um trabalho integrado mais assertivo. Atuando com correção e preparação, o programa visa valorizar essa cooperação e usá-la como estratégia para alcançar soluções preventivas e na mitigação de eventuais anomalias.
Nos demais painéis do evento, foram trazidos relatos e conversas a respeito do ensino-aprendizagem dentro da formação profissional do Sistema Único de Saúde (SUS) e as vivências dos egressos e preceptores do programa.
Através dos relatos foi possível perceber como o uso de conhecimentos científicos e epistemológicos para embasar as discussões do programa são importantes no aprendizado de campo. Com iniciativas deste porte, é possível analisar sua aplicação prática, para além das quatro áreas de vigilância em saúde. Condição que justifica a durabilidade e aceitação do programa.
“É com participação coletiva que construímos os melhores projetos e programas”, afirmou Teresinha Valduga Cardoso, diretora da ESP. Sua fala durante a mesa de abertura, resumiu o que mantém vivo o projeto. Apesar das dificuldades, a sustentação desse modelo só é possível graças ao envolvimento público em parcerias com as áreas acadêmicas e científicas.
Na mesa de abertura também estavam presentes:
Teresinha Valduga Cardoso, Diretora da Escola de Saúde Pública/RS e, neste ato, representando a secretária da saúde, Arita Bergmann;
Fernando Ritter, Secretário da Saúde de Porto Alegre e, neste ato, representando o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS/RS);
Marcelo Jostmeier Vallandro, Diretor Adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde;
Maria Antonia Heck, Chefe da Divisão Acadêmica e de Políticas de Educação em Saúde e Coordenadora Geral da Residência Integrada em Saúde ESP;
Evelise Tarouco da Rocha, Diretora da Vigilância em Saúde, representante do município de Porto Alegre;
Paula Lopes Gomide, Coordenadora do programa de Residência da Vigilância em Saúde da ESP.
Os demais convidados que debateram nos painéis foram:
Anderson Araújo de Lima, físico e mestre em ciências da saúde na área de radiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
Andreia Rodrigues Escobar, enfermeira e preceptora de campo do programa;
Anelise Breier, enfermeira e mestre em epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL);
Amanda de Andrade, enfermeira e mestre em engenharia e ciências ambientais;
Amanda Eveline Lermen, médica veterinária e residente do segundo ano do programa;
Carolina Schell Franceschina, médica veterinária, mestre e doutora em zootecnia pela pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Gabriela Oliveira da Cunha, engenheira ambiental e sanitária;
João Vinícius Ribeiro Azambuja, analista de Políticas e Sistemas de Saúde;
Jonas Pereira Mallmann, farmacêutico e egresso do programa;
Jussara Elaine Sabado Figueiredo, nutricionista e mestre em ciência e tecnologia de alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Nilson Maestri Carvalho, médico pediatra e mestre em administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Vanda Garibotti, bióloga, sanitarista, advogada e mestre em Saúde Coletiva pela UNISINOS.
Todos os temas abordados refletem os objetivos que o programa definiu como prioritários. Como fruto positivo, a ideia já vem sendo analisada pelo Ministério da Saúde (MS) para ser implantada em todo território brasileiro. São através de iniciativas como esta que a saúde pode avançará no país.