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Testes da vacina contra a dengue iniciam em Porto Alegre

Os procedimentos que vão avaliar a eficácia da vacina contra a dengue desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e o National Institutes of Health (Estados Unidos), iniciaram hoje (27), no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital (CPC) do Hospital São Lucas da PUC, em Porto Alegre. O início dos testes em voluntários foi acompanhado pelo governador José Ivo Sartori e contou com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Também participaram os secretários de Saúde do RS, João Gabbardo dos Reis e o secretário de São Paulo, David Ewerson Uip.

Conforme o secretário João Gabbardo dos Reis, a vacina que será testada a partir de agora apresenta inúmeras vantagens técnicas em relação à francesa, produzida pelo pelo laboratório Sanofi Pasteur, que será utilizada na campanha de vacinação contra a dengue no Paraná e prevê a aplicação de três doses.

“A vacina desenvolvida pelo Butantan, será aplicada em dose única, gerando com isso uma maior adesão. Em média, quando se faz a imunização em uma segunda etapa, metade das pessoas não comparecem. Com três doses, nós vamos ter apenas 20% das pessoas que deveriam ser imunizadas completando o sistema de vacinação, o que é muito perigoso pois elas estarão semi vacinadas, podendo contrair a doença de uma forma mais violenta e com hemorragia”, explicou o secretário ao apoiar o início dos testes da vacina fabricada pelo Butantan na Capital.

Gabbardo salientou que o Rio Grande do Sul vai aguardar a implementação da vacina no calendário de imunização do Ministério da Saúde (MS) para disponibilizá-la à população. “Nós temos cerca de dois mil casos da doença confirmados no Estado, até o momento. Em comparação com o estado do Paraná, o número no RS é bem inferior. Podemos com muita tranquilidade aguardar a conclusão dessa pesquisa clínica e fazer a vacina que nós achamos que é mais adequada”, concluiu.

O Hospital da PUC será a única instituição do Sul do país a participar do estudo, que envolverá 14 centros e 17 mil voluntários em todo o Brasil. Aproximadamente R$ 300 milhões serão investidos para o desenvolvimento da vacina. A aplicação em dose única em humanos é a terceira e última fase de validação da vacina, que tem apresentado excelentes resultados em testes realizados em diferentes países. 

A vacina é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos e deve proteger contra os quatro sorotipos da dengue em uma única dose. “Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas, como estão enfraquecidos, eles não têm potencial de provocar a doença”, explicou o diretor do Butantan, Jorge Kalil.

Cerca de mil pessoas serão recrutadas em Porto Alegre. Após essa etapa, elas passarão pela triagem da equipe responsável e serão acompanhadas durante um período de cinco anos. A aplicação da vacina em dose única em humanos é a terceira e última fase de validação da vacina, que tem apresentado resultados excelentes em diversos países. Os voluntários devem ser saudáveis e possuir entre 18 e 59 anos, exceto gestantes. Para participar é necessário realizar agendamento através do telefone (51) 3320.3000, ramal 2031.

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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA